A Hora e a Vez de Augusto Matraga (1965)
Augusto Matraga (Leonardo Villar) é um fazendeiro violento, que é traído pela esposa, emboscado por seus inimigos, acaba massacrado e é dado como morto. É salvo por um casal de negros e, desde então, volta-se para a religiosidade. Mas quando conhece Joãozinho Bem Bem (Jofre Soares), um jagunço famoso, este percebe nele o homem violento. Daí em diante Matraga vive o conflito entre o desejo e a vingança e sua penitência pelos erros cometidos.
Elenco:
Leonardo Villar ... Augusto Matraga
Joffre Soares ... Joaozinho Bem Bem
Maria Ribeiro ... Dionorá
Maurício do Valle ... Priest
Flávio Migliaccio ... Quim Recadeiro
Solano Trindade
Antonio Carnera ... Major Consilvo
Ivan De Souza ... Jurumim
Emmanuel Cavalcanti ... João Lomba
Duração: 113 minutos
Direção: Roberto Santos
Direção: Roberto Santos
Valeu, Ronaldo, esse filme é um dos grandes clássicos do cinema brasileiro em todos os tempos!
ResponderExcluirE foi o melhor trabalho do Geraldo Vandré em trilhas musicais. Além dos temas que se tornaram mais conhecidos ("Modinha", "Cantiga Brava" e "Réquiem para Matraga"), há muitos só entoados, no estilo de aboio, belíssimos!
Um lance interessante é que Roberto Santos manteve o final que o Guimarães criou -- Matraga se "redimindo" ao evitar a profanação de uma Igreja e o assassinato de um homem que estava sob a proteção do padre --, mas, ao mesmo tempo, o invalidou na canção final do Vandré: "vim aqui só pra dizer/ ninguém há de me calar/ se alguém tem de morrer/ que seja pra melhorar///tanta vida pra viver/ tanta vida a se acabar/ com tanto pra se fazer/ com tanto pra se salvar/ você que não me entendeu/ não perde por esperar".
Ou seja, o filme termina com a mensagem de que foi um sacrifício inútil e Matraga deveria, isto sim, travar a luta por justiça social.
Esse questionamento estava bem no espírito dos anos 60.
Um abração!
O Vandré foi e ainda é um cara sensacional mesmo, pena ter sido massacrado pelos milicos. Abraço, Celso, volte sempre!
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