Jacques Soustelle - A Civilização Asteca (1970)
Esse livro, como o título
sugere, descreve as características básicas dos Astecas, sendo assim,
não é um livro para pesquisas aprofundadas.
O
livro é basicamente um resumo dessa civilização que ocupou boa parte do
território mexicano. A divisão dos capítulos é um tanto simplória,
classificados por temas específicos, como sociedade, governo e religião.
O livro em si não segue uma linha cronológica, com exceção do primeiro
capítulo, que redige como sucedeu a origem dessa civilização.
Muitos
povos são citados, como os Olmecas e Toltecas e os chamados
pós-toltecas, e desse ultimo, só alguns são necessários ser citados para
o entendimento deste livro. Após uma guerra entre o estado de Texcoco,
tendo Tenochtitlán como seu aliado, contra Azcapotzalco, no qual
resultou na vitória dos dois estados aliados. A partir de então,
formavam a Tríplice aliança, constituída por Tenochtitlán, Texcoco e por
uma cidade pertecente a tribo de Azcapotzalco, Tlacopan. A tríplice
aliança tornou-se o conhecido império asteca.
A
sociedade era formada por algumas classes: povo (cidadãos normais),
escravos (normalmente prisioneiros de guerra e usados como sacrifícios),
artesãos, negociantes, dignitários e os sarcedotes, sendo que esses
dois últimos eram considerados as classes dominantes. A aritmética
asteca foi menos desenvolvida em comparação com os Maias, mas não menos
importante. A data de nascimento de cada pessoa afirmaria qual profissão
ela seguiria.
Assim
como muitos povos antigos, faziam tributos aos seus deuses, de acordo
com sua capacidade de produção, fauna e flora. Como foi citado antes,
muitas vezes utilizavam escravos para sacrifícios humanos, e o guerreiro
que conseguisse um número maior de escravos dos povos vizinhos era
tratado com um respeito maior aos demais. Homens e mulheres com caráter
jovial também eram utilizados para esses tipos de sacrifício.
Embora
a arquitetura asteca fosse destruída em 1520, com a chegada dos
espanhóis, pode-se ter uma idéia de como se era formada através de
pinturas da época. A escultura, música e literatura merecem destaque,
sendo basicamente representações religiosas.
O
ultimo capítulo do livro conta de forma resumida como sucedeu a
conquista desse povo, considerando como um dos fatores principais a
sorte que Cortez teve em chegar ao solo mexicano no período em que,
segundo a crença da religião asteca, o deus Quetzalcóatl retornaria, além dos equipamentos de guerra.
Muitos
historiadores vão ter certo receio ao ler esse livro, pois não
apresenta nota de rodapé, embora o autor faça uma lista de bibliografia
no final. Acho relevante que o autor cita um manuscrito histórico
asteca, o que poderia valorizar o conteúdo apresentado. A bibliografia é
pouca, mas valiosa, além do autor respeitado quando trata-se de temas
relacionados aos povos da América Latina. - Resenha por Juan Filipi Garces
Download Aqui
Nenhum comentário
Deixe aqui seu comentário para esta postagem!